domingo, 5 de maio de 2013

- Dia D - a hora de ir - A vez dela




Finalmente chegou o dia "D", 22/04/2013.


E pela primeira vez fiz uma viagem sem data marcada para a volta. Nestes últimos meses foram tantas idas e vindas que nem conseguia imaginar a possibilidade de não voltar, pelo menos não tão cedo. A sensação realmente era estranha e uma enorme mistura de sentimentos. Tristeza sem tamanho por dar tchau para a família e felicidade por reencontrar o maridão.

Neste momento, estou escrevendo este Post já estando no Canadá. Na correria, não consegui postar nada antes... Mas antes tarde do que nunca!!

No próprio dia da viagem já estava tudo pronto, bastava fechar as bagagens. Aproveitei para tomar um café da manhã gostoso com meus pais e separar pequenas coisinhas que ainda estavam para fora da mala. Às 15h fomos para o aeroporto, em dois carros pois eu havia planejado 04 bagagens grandes. Sem tumulto, foram comigo minha mamãe, meu papai e meu irmão. Logo que chegamos entramos na fila e o pessoal da Air Canadá já me pediu que pesasse as caixas, antes mesmo de fazer o check in. Como já sabia, estavam dentro das conformidades, e simplesmente paguei os excessos como já esperado.

A pior hora foi a de dizer tchau. Segurei o choro o máximo que pude pois não queria mostrar fragilidade aos meus pais e, assim evitar preocupações. Mas foi só eu passar pela imigração que bateu o desespero! Aí sim, fiquei chorando enquanto aguardava meu vôo.

Não vou escrever nada sentimental neste post pois preciso de muitas linhas para descrever o que senti.

De qualquer maneira, lá fui eu para a maratona aérea. Para mim isso não foi nenhuma novidade pois nos últimos 90 dias fiz a mesma viagem três vezes. Eu já sabia o repertório dos horários, filmes do avião, refeições e etc. A novidade foi que pela primeira vez um canadense sentou ao meu lado. Confesso que foi ótimo, pois no momento de ansiedade que eu estava, ele ajudou muito me divertindo e conversando bastante. Durante a viagem ele contou as aventuras que passou no Brasil e falou do próprio Canadá. Neste momento, ter um canadense simpático e receptivo ao lado foi bem confortante para mim que estava prestes a conviver com estes nativos.

O engraçado é que ele comentou que achava impressionante como o brasileiro é amigável. Disse que achava muito legal a maneira receptiva do país e interessante a maneira que as pessoas interagem com os estranhos, conversando com qualquer um e a qualquer hora. Segundo as palavras dele, "todo mundo é amigo de todo mundo". E a ironia disso tudo, é que o próprio canadense é assim. Eles mesmo não percebem isso pois vivem o cotidiano e estes detalhes passam despercebidos. Mas eu, como imigrante, digo claramente que os canadenses são muito simpáticos e educados. É fácil distinguí-los dos estrangeiros que vivem no Canadá. Se uma pessoa desconhecida passar por você, cumprimentar e lhe desejar um "bom dia", pode ter certeza de que é um canadense. Talvez eles não sejam tão calorosos como os brasileiros, que oferecem a casa para qualquer um, mas da maneira deles, são muito receptivos e ajudam muito as pessoas que acabam de chegar.

Voltando à maratona do aeroporto, fiz conexão em Toronto onde já passei pela imigração e, coincidência ou não, pela primeira vez recebi do agente um "Welcome back home". Na hora de retirar as bagagens, precisei da ajuda de um "carregador" do próprio aeroporto, pelo valor de CAN 10,00.  Depois disso, mais 5 horas de vôo para Vancouver.

Chegando em Vancouver, foi uma enorme alegria dar uma abraço no maridão que já estava no saguão me aguardando. Desta vez, ele mesmo pegou as pequenas malas de mais de 30kg. Chegando em casa, na nova casa, fui recebida com festa pela Jesse que estava super feliz e abanando muito o rabinho.

E foi no dia 23/04/2013, em um dia de céu azul com temperatura de 12 graus, que começamos mais um capítulo da nossa história....

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